terça-feira, 30 de junho de 2009

Chorem por mim

A “terra do nunca”, terra imaginaria onde meninos nunca viravam homens onde vivia Peter Pan, ganhou mais um amigo: Michael Jackson. Ele sempre viveu na sua terra dos sonhos, cercado por todas as suas fantasias, onde era rei com súditos fiéis. Michael, como diria Edgar Morin, um olimpiano, um herói imortal, mas que choca o mundo com a maior das mortalidades a morte. O mundo acordou de luto. Na última quinta feira, 25 de junho, o rei do pop, Michael Jackson, morreu de parada cardíaca. Eram 18h26, horário de Brasília. Silêncio mundo afora. Era o fim de uma era, que começou ainda cedo. Com apenas seis anos de idade Michael já cantava e fazia sucesso com seus quatro irmãos, formando os Jackson Five. Aos 11 anos, o pequeno astro já virava o líder da banda. Ao lado de Diana Ross, Michael participou do filme "O Mágico Inesquecível". Foi quando conheceu o produtor musical Quincy Jones, o homem que o transformou em um grande astro da música pop. Em 1970 lança seu primeiro álbum solo "Off the wall". O álbum vendeu 11 milhões de cópias no lançamento. Em 1980, já era o disco de black music mais vendido da história. Porém seu maior sucesso veio em “Thriller”. Foi o álbum mais vendido de toda a história da música: 106 milhões de discos. Dois anos seguidos tocando nas rádios,incessantemente.Mas foi na televisão que “Thriller” inovou de verdade: efeitos especiais, coreografia, roteiro. Tudo junto. Nascia uma nova linguagem. O rei tornava-se cada vez mais rei, todos queriam ser como ele, imitavam-no, era febre, fenômeno, novidade, surpresa, sucesso. O mundo acompanhou suas revoluções na música, mas também as transformações na sua aparência. A obsessão pela juventude, fez com que o astro no final dos anos 80 sofresse diversas modificações na fisionomia, resultado de inúmeras cirurgias plásticas. Sua cor negra foi ficando branca, devido a uma doença, vitiligo (onde perde-se a pigmentação da pele). Jackson estava cada vez mais irreconhecível. Também chamavam atenção por suas excentricidades financeiras e sexuais. Gastava milhões em construção de mansões e tinha problemas com a justiça, acusado duas vezes por pedofilia, mas foi inocentado em ambos. No início deste ano admitiu estar endividado. Assim foi a vida do astro do pop, do auge a solidão, da riqueza a pobreza, da saúde a doença, até que a morte o separou do seu trono. Talvez sua morte seja mais um grande show, o último. E é assim que a mídia está vendo, o último capítulo da história de um fenômeno. Os telejornais trazem edições exclusivas e emocionantes, divulgam detalhes novos a cada momento, mostram a tristeza em cada parte do mundo. Os apresentadores se emocionam junto com o público. Não a tempo de respirar, de absorver a noticia. É um grande espetáculo, de imagens, de músicas, de história, para mostrar que Michel Jackson viveu e morreu como um rei. E será eterno. Para a construção da matéria foram observados os seguintes jornais: Jornal Nacional e Jornal da Globo do dia 25/06/2009 e Bom dia Brasil do dia 26/06/2009

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